Ergo: Uma Resposta para as Falhas da Teoria Monetária Moderna

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Plataforma Ergo

8 February, 2022

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Em 2008, um desconhecido grupo de pessoas realizou uma reserva de valor de pessoa-para-pessoa e a nomeou “Bitcoin”. Desde então, o entendimento mundial sobre sistemas financeiros tem sofrido uma revolução. Até a criação do Bitcoin, precisávamos de bancos centrais para autenticar se uma reserva de valor (dinheiro, commodities ou ações) era real ou falsa. Além disso, precisávamos que outras instituições executassem transferências internacionais de dinheiro. Até mesmo uma simples operação como o envio ou recebimento de dinheiro gera muitas taxas e nem todo mundo pode acessar ferramentas bancárias globalizadas. Com o desenvolvimento de contratos inteligentes, criptomoedas podem fornecer uma alternativa a um sistema que continuamente favorece somente os ricos e poderosos. Ergo é desenhada para ser uma plataforma financeira aberta, segura e não-autorizada, sendo acessível para todo mundo.

Mal funcionamento da Teoria Monetária Moderna

Quem controla o dinheiro nos nossos bolsos? Durante a pandemia de Covid-19, o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) estava comprando U$90 bilhões em renda fixa mensalmente dos mercados estadunidenses. É isso mesmo, 90 bilhões de dólares estavam jorrando nos mercados de títulos públicos dos EUA a cada mês. Essa quantidade é maior do que o PIB anual da maioria dos países e estava indo para ações a partir do nada. Em troca pelos mercados de ações em alta, os países que não possuíam grandes somas de reserva de moeda enfrentaram uma inflação severa que foi transferida dos países desenvolvidos para os seus. 

Uma breve aula de história: os EUA abandonaram o lastro ao ouro em 1971. A partir desse ponto, o mundo testemunhou um aumento na “financeirização” dos mercados. A razão dívida-patrimônio aumentou e mais inflação foi se desenrolando para futuras gerações ao custo de crescimento de capital. Instituições foram emitindo mais e mais instrumentos financeiros e dinheiro sintético na forma de contratos futuros, opções e produtos similares. Os balanços contábeis dessas instituições aumentaram consideravelmente, mas os salários dos indivíduos não participaram desse fenômeno. 

Impressão de dinheiro não se dá somente na forma de papel-moeda.

Há um rápido crescimento na quantidade de ferramentas financeiras sintéticas que podem ser usadas como garantias no mercado. Porém, essas ferramentas não estão abertas para o varejo devido ao significante risco que elas introduzem. Esses ativos são chamados de “quase-dinheiro”, porque eles são menos líquidos do que dinheiro.

Custos crescentes estão levando as gerações mais novas a se tornarem mais cientes e ansiosas sobre seu futuro financeiro. Nos anos 1970s, era muito mais fácil para as pessoas comprarem casas com um salário. Porém, vemos que a economia de hoje está empurrando as pessoas para a pobreza com preços imobiliários que estão crescendo mais rápido do que os salários (link em inglês, representando o contexto econômico dos EUA).

Mercados Globais Não-Autorizados

Para aqueles que vivem nas zonas do Euro, da Libra ou do Dólar, acesso aos mercados globais é muito mais fácil do que é para alguém vivendo em um país menos desenvolvido. No jargão econômico, países desenvolvidos são considerados como mercados de risco, ao passo que países desenvolvidos são considerados estáveis. Infelizmente, aqueles que estão vivendo em países desenvolvidos enfrentam taxações altas e geralmente precisam de maior capital para entrar em mercados maiores. Ironicamente, países desenvolvidos tipicamente diminuem as barreiras para participantes de países desenvolvidos para entrada em seus mercados emergentes.

A hipocrisia seria cômica se não existissem consequências para essa situação. Alguém que é economicamente instável não pode acessar mercados estáveis enquanto alguém que é economicamente estável pode facilmente acessar mercados de risco. Vemos uma lacuna cada vez maior entre os dois lados do espectro econômico. As pessoas devem ser capazes de tomar suas próprias decisões e acessar mais ferramentas econômicas para seu bem-estar financeiro. A localização de alguém deve ser um problema menor no Século 21, já que estamos conectados à velocidade da luz.

Como Criptomoedas Resolvem o Problema?

Bitcoin foi o início da liberação do futuro financeiro. Se um governo bane criptomoedas, as pessoas ainda podem comprar e vender seus ativos via canais de pessoa-para-pessoa (link em inglês). Pela primeira vez na história, pessoas comuns têm acesso a instrumentos financeiros globais. Pessoas em países com fortes controles de capital e volatilidade da moeda local têm uma opção de se proteger contra incertezas das condições econômicas. Bitcoin possui um limite de 21 milhões de moedas e não é possível que banqueiros mudem essa condição.

Bitcoin foi só o começo. Logo depois, Ethereum foi fundada para dar às pessoas ainda mais ferramentas financeiras para proteger sua estabilidade nos mercados globais. “Finanças Descentralizadas” é um termo amplo que define tanto uma moeda descentralizada e outras ferramentas financeiras como mercados de empréstimo, mercados de seguro, corretoras e ativos tokenizados. A ideia de finanças descentralizadas era verdadeiramente notável em termos de construção de plataformas que fiquem longe do alcance de instituições centralizadas. Bitcoin e DeFi oferecem uma opção para as pessoas fazerem seus próprios serviços bancários, uma proposta que tem deixado os “ternos” de Wall Street furiosos, já que lentamente remove da sua influência o seu poder de controle.

A Plataforma Ergo foi construída dentro da ideia de finanças descentralizadas não-autorizadas. Para proteger as pessoas que usam blockchains, era necessário introduzir mais escolhas de design complexos. Uma blockchain aberta e não-autorizada é a plataforma necessária para pessoas que querem acessar mercados financeiros globais, mas o faz enquanto fornece um significante grau de privacidade. Se privacidade não é preservada, investidores mais sagazes e com grande capital podem facilmente rastrear nossas atividades e adiantar-se (do inglês “front-run") às nossas transações para lucrar com assimetria de informações.

Ergo se usa de Contratos Multi-Estágio no modelo UTXO para empoderar plataformas financeiras descentralizadas. O modelo UTXO de Ergo dá suporte a pessoas com várias ferramentas financeiras ao dar uma opção de proteção da sua privacidade. Ergo também fornece uma boa proteção contra inflação - nunca haverá mais do que 97,4 milhões de ERGs em circulação. Ergo teve um lançamento justo sem qualquer pré-mineração e com somente 4,37% dos fundos alocados para o desenvolvimento do ecossistema (liberado durante o curso de dois anos e meio através do protocolo de mineração).

A atual estrutura dos mercados financeiros está quebrada. Um pequeno número de “elites” pode facilmente acessar qualquer aspecto do mercado global - para o detrimento do cidadão médio. Tecnologias blockchain agora oferecem as ferramentas para pessoas comuns protegerem a si mesmas. Ergo almeja ser uma líder nesse mercado ao continuamente construir ferramentas e funcionalidades que promovem e mantém descentralização, privacidade e acesso aberto.

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