DeFi é a próxima grande fronteira para tecnologia blockchain – mas o que a atual onda de interesse significa para Ergo?
A narrativa sobre tecnologia blockchain está se desenvolvendo diante de nossos olhos. Os casos de uso para plataformas de contratos inteligentes estão se tornando cada vez mais claros, encapsulados no termo genérico “DeFi”, ou Finanças Descentralizadas.
Serviços DeFi são frequentemente parecidos com suas contrapartidas tradicionais, incluindo plataformas de empréstimo e derivativos, assim como serviços mais exóticos. Porém, diferentemente de seus análogos convencionais, estas plataformas são abertas, acessíveis por qualquer um e construídas com a transparência e segurança provenientes da blockchain que estão hospedadas.
A onda DeFi
As últimas duas semanas tem sido o nascente espaço DeFi mudar rapidamente, catalisado pelo lançamento do token de governança da plataforma de empréstimos Compound, o COMP. Um dos benefícios inerentes de DeFi é transparência, e o impacto desse movimento pode ser claramente verificado em websites como DeFi Pulse.
A Compound tomou o primeiro lugar quase imediatamente, em termos de Valor Total Bloqueado (TVL, em inglês), empurrando o Protoloco Maker para a segunda posição. A partir de um patamar de U$100 milhões, a Compound cresceu para mais de U$600 milhões de TVL em apenas 10 dias, enquanto dezenas de milhares de usuários correram para se aproveitar da distribuição de tokens COMP que a plataforma fez, na nova mania chamada “plantação de rendimentos” (tradução livre do inglês “yield farming”).
Contudo, essa situação não foi de todo ruim para o resto do mercado. No mesmo período, o Protocolo Maker atingiu seu pico histórico de quantidade de Dai gerada usando seus Cofres. Enquanto isso, Sythetix, uma plataforma de bens sintéticos, dobrou seu TVL.
Isto não é como um rali em um mercado pessimista no mundo cripto normal, onde valores são simplesmente trocados entre BTC e moedas alts, enquanto a trajetória geral é decrescente. Algo a mais está acontecendo aqui.
Pensamento não-convencional
O motivo pode estar em uma outra propriedade inerente de plataformas DeFi: composibilidade. Por dApps DeFi serem transparentes e abertos, eles podem ser bases de construção e adaptados, criando novos dApps facilmente. E então aqueles dApps podem ser conectados em outras aplicações, adaptados e reimplementados em um círculo virtuoso de uso.
A ascensão da Compound anda de mãos dadas com a ascensão de outras iniciativas DeFi, porque ser tão fácil de conectar diferentes plataformas no mundo DeFi. É quase difícil de vê-los como plataformas distintas quando os limites são tão porosos. Bens podem ser alavancados, emprestados e implantados em um dApp para tomar vantagem dos benefícios atualmente oferecidos por outra plataforma. E há evidência – graças à transparência da blockchain – de que é exatamente isto que está acontecendo.
DeFi demanda algum pensamento não-convencional. Ao invés de ver o setor em termos de competição que são relativamente naturais para humanos (“quem é #1 e qual é sua liderança em relação ao #2), DeFi requer uma mudança de paradigma e um reconhecimento que composibilidade significa colaboração por padrão. Não é apenas desejável, mas imparável – inseparável do que DeFi é em sua essência. Serviços financeiros abertos e colaborativos.
Para Ergo, o aumento do interesse no setor é um desenvolvimento animador e confirma a decisão de priorizar a funcionalidade diversificada de DeFi e contratos inteligentes. Isso também aponta para a necessidade de interoperabilidade entre blockchains, permitindo que qualquer protocolo de contratos inteligentes interaja com qualquer outro.
Ergo está bem encaminhada para fornecer isso através de trocas atômicas, que facilitarão atividades entre-plataformas – e, em última análise, o uso de ERG e bens em Ergo em e outros serviços DeFi, e vice-versa.
DeFi claramente será uma grande parte dos serviços financeiros nos próximos anos e Ergo trará contribuições únicas para o espaço.